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domingo, novembro 24, 2024

Eduardo Botelho é tirado da presidência da AL pelo STF

Foto: Mauricio Barbant/ ALMT

 

InformeMT/Redação

 

O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) teve sua eleição suspendida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (22). Além disso, o ministro também determinou o afastamento da Mesa Diretora que já ocupavam o mesmo cargo nos biênios 2017/2018 e 2019/2020.

O STF não estabeleceu uma decisão imediata de uma nova eleição para a Mesa Diretora.

“Comunique-se, imediatamente, à Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso, para ciência e imediato cumprimento desta decisão, solicitando-lhe informações quanto ao seu cumprimento e data da nova eleição, no prazo de dias 48 (quarenta e oito) horas”, diz.

Após ser tirado da presidência, Eduardo Botelho diz que ainda não irá comentar sobre o assunto. A Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa informou que só irá se manifestar após ser notificada da decisão.

Eduardo Botelho no dia 1º de fevereiro tomou posse como presidente da Assembleia, como seu terceiro mandato consecutivo. Também foram empossados Janaina Riva (MDB), como vice-presidente, e Max Russi (PSB), como primeiro-secretário. Os deputados Wilson Santos (PSDB), como 2º vice-presidente, Valdir Barranco (PT), como 2º secretário, deputado Claudinei Lopes (PSL), como 3º secretário e Paulo Araújo (Progressistas), como 4º secretário.

O ministro atendeu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade do partido Rede Sustentabilidade. Na ação, a sigla questionou parte do artigo 24 da Constituição Estadual que permite a recondução no cargo.

Segundo o partido, a regra “prevê contínuas, indefinidas, imorais e inconstitucionais, reeleições para presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, institucionalizando-se assim o político profissional neste Estado, em desrespeito aos princípios do Estado Democrático de Direito, onde a permanência no poder já causou ao Estado de Mato Grosso e seus servidores públicos, demasiados problemas financeiros estratosféricos”.

Além disso, a sigla ainda alegou que a recondução no cargo contrária a Constituição Federal e julgado recente do STF  que proibiu que os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados fossem à reeleição, evitando a recondução de Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, respectivamente, ambos do DEM.

Na decisão, Alexandre de Moraes fixou interpretação conforme a Constituição Federal ao art. 24, § 3º, da Constituição do Estado do Mato Grosso, no sentido de possibilitar uma única recondução sucessiva aos mesmos cargos da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado.

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