sexta-feira, 14, março , 2025 11:47

O intenso debate entre historiadores sobre o fantasma dos anos 1930

Entrevistado pelo jornal New York Times, o célebre historiador americano Robert Paxton, habitualmente relutante em usar um qualificativo “que gera mais barulho que clareza”, reconsiderou sua posição antes mesmo da vitória eleitoral de Donald Trump em novembro.

“Está fervendo de maneiras muito preocupantes e é muito semelhante aos fascismos originais”, disse Paxton no final de outubro.

Mas outros historiadores, como o britânico Niall Ferguson, destacam uma contradição: se Trump encarna o fascismo, não se pode, ao mesmo tempo, considerá-lo o fantasma do primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain, que em 1938 forçou a Tchecoslováquia a aceitar a cessão de seu território dos Sudetos à voraz Alemanha nazista.

Um visitante assíduo da Ucrânia antes do início da guerra, Ferguson critica a postura de negociação de Trump, mas considera que o abrasivo presidente é mais uma reencarnação do também presidente republicano Richard Nixon, que modificou o tabuleiro internacional nos anos 1970 ao negociar o fim da guerra no Vietnã e se aproximar da China para enfraquecer a União Soviética.

“Parabéns, Donald Trump: você é oficialmente a vingança de Richard Nixon”, escreveu recentemente no New York Post.

Para o vice-presidente americano JD Vance, é a Europa, berço dos totalitarismos de esquerda e direita, que enfrenta um “inimigo interno”.

noticia por : UOL

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

PUBLICIDADE

NOTÍCIAS

Leia mais notícias