28 C
Cuiabá
sexta-feira, novembro 22, 2024

Prefeita cassada em MT aprova VI de R$ 5 mil para si mesma

A prefeita de Torixoréu (500 KM de Cuiabá), Inês Coelho (DEM), sancionou uma lei que prevê a instituição de uma verba indenizatória de R$ 5 mil a ela mesma. O dispositivo legal também estabelece o benefício aos secretários municipais, procurador municipal e chefe de gabinete, no valor de R$ 3,5 mil. Já o vice-prefeito deve ganhar R$ 2,5 mil.

Os benefícios foram instituídos pela Lei nº 1.113/2020, que regulamenta o pagamento de “décimo terceiro salário e demais benefícios aos agentes políticos eletivos e não eletivos, gratificação de eficiência e pontualidade, verba indenizatória para prefeito, vice e secretários e procurador do município”, assinada pela prefeita na última terça-feira (22).

A Lei estabelece ainda uma gratificação a servidores efetivos (concursados) e comissionados (coordenador, diretor e chefe de departamento e assessores em geral). O valor, que pode variar de R$ 100 a R$ 500, depende do cumprimento de metas de pontualidade e eficiência no desempenho da função.

O impacto anual nos cofres públicos da pequena Torixoréu, de 3.547 habitantes segundo o IBGE, será de R$ 552 mil.

CANDIDATURA CASSADA

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a impugnação do registro de candidatura da prefeita eleita de Torixoréu, Inês Coelho, em sessão de julgamento ocorrida no último dia 18 de dezembro.

O placar da votação no TSE foi de 6 x 1 contra Inês Coelho – apenas o Ministro Edson Fachin divergiu do relator do recurso, o também Ministro Luís Felipe Salomão.

A Corte Superior confirmou, desta maneira, a decisão tomada pela 9ª Zona Eleitoral de Barra do Garças, e ratificada posteriormente pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), que acataram uma representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) pela impugnação.

O MPE conta nos autos que a prefeita, além de ter sido eleita em 2016, também ocupou o lugar do seu marido, o ex-prefeito Odoni Mesquita, cassado ainda em 2016 pela Câmara de Vereadores do Torixoréu.

O MPE alegou tentativa de “perpetuação de um mesmo grupo familiar” no poder. “Se o registro da candidatura de Inês for deferido, haverá perpetuação de um mesmo grupo familiar no poder por um possível terceiro mandato consecutivo, caso ela se sagre vencedora nas eleições”.

O 2ª colocado na disputa pela prefeitura de Torixoréu, o pecuarista Lincoln Saggin (PL), aguarda um recurso que tramita no TRE-MT que o declarou inelegível. Ele também pede para tomar posse no lugar de Inês Coelho.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

PUBLICIDADE

NOTÍCIAS

Leia mais notícias