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segunda-feira, novembro 25, 2024

Eleição presidencial: Medeiros critica falta de transparência e Wellington diz que está com Bolsonaro

Correligionários, o senador Wellington Fagundes e o deputado federal José Medeiros, ambos com base eleitoral em Rondonópolis, têm adotado posicionamentos diferentes em relação às manifestações contrárias à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo das eleições de 2022, realizado no dia 30 de outubro.

Presidente do PL em Mato Grosso e reeleito no último dia 2 de outubro com 63,5% dos votos válidos para mais um mandato de oito anos no Senado Federal, o senador Wellington Fagundes pouco tem falado sobre as manifestações e os pedidos de “intervenção” pelas Forças Armadas e de anulação da eleição presidencial que ocorrem nas manifestações de eleitores desde o término da apuração do segundo turno, na noite do dia 30 de outubro.

Umas das poucas declarações de Wellington foi feita num vídeo divulgado no dia 11 de novembro em suas redes sociais, no qual falou que todo cidadão tem o direito de se manifestar, mas sem restringir o direito de ir e vir de cada um.

Disse ainda que quer construir um ambiente de total tranquilidade e respeito às normas legais. “Para fazer com que todo o país continue funcionando, que todos tenham direito de se manifestar livremente. Mas claro, respeitando o direito de ir e vir de cada cidadão”.

Também afirmou que segue fechado com o presidente Jair Bolsonaro e seguirá sempre as orientações partidárias. “Eu sou do PL e estou com Bolsonaro”, escreveu o senador reeleito na chamada.

“O PL tem a responsabilidade de ajudar o país… Sabemos que temos um grande líder que é o presidente Bolsonaro e temos também o maior partido do país, e vamos sempre seguir as orientações partidárias”, declarou no vídeo.

Wellington também veio a público novamente esta semana para desmentir uma notícia que circulou na imprensa de que o PL solicitaria a anulação da eleição presidencial deste ano à Justiça Eleitoral. “Eu conversei com o presidente Valdemar Costa Neto e ele me garantiu que não tem isso (pedir anulação)… É fakenews”, afirmou.

Reeleito deputado federal como o terceiro mais votado, com 82.182 votos, Medeiros, que também já ocupou uma cadeira de senador por Mato Grosso, tem sido mais incisivo em suas declarações. Ele tem engrossado o coro dos manifestantes bolsonaristas.

Para ele, os protestos contra o resultado, que são um direito constitucional garantido a todo cidadão brasileiro, resultam da total falta de transparência em que foi conduzido o processo eleitoral presidencial deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em especial pelo seu presidente, o ministro Alexandre de Moraes.

“Quando você começa um processo que não é transparente, você acaba chegando a esse tipo de coisa. Eu tinha essa preocupação desde o início. Tanto é que pedi o afastamento do ministro Alexandre de Moraes desse processo, porque eu temia que algo dessa magnitude acontecesse. Mas ele não se sentiu impedido”, disse.

“A Declaração Universal dos Direitos Humanos é bem clara. Se você está de forma pacífica, você têm o direito de se manifestar. O artigo quinto da constituição também. O ministro Alexandre de Moraes tem esticado todos limites de tolerância dos brasileiros. Tem chamado as pessoas de golpistas, miliciano… tudo que pode rotular as pessoas ele tem chamado a metade da população brasileira”, comentou.

Sem querer entrar no mérito de dizer se houve fraude ou não, Medeiros ressaltou que a parcialidade de Moraes para o lado petista “maculou todo o processo” e fez com que o resultado da eleição, que foi bastante polarizada, seja contestado.

“Conduziu (ministro Alexandre de Moraes) o processo eleitoral de forma muito mal e deixou maculado o pleito pela falta de transparência. Como ele deixou dúvida, as pessoas ficaram revoltadas e foram para as ruas”, ponderou o deputado Medeiros, que é um dos quatro eleitos no dia 2 de outubro pelo PL para ocupar uma das oito cadeiras de Mato Grosso na Câmara Federal.

“Tudo poderia ter sido evitado se o processo tivesse sido imparcial e transparente”, completou Medeiros, exemplificando diversas medidas tomadas pelo TSE que teriam beneficiado Lula, como, por exemplo, os questionamentos feitos sobre inserções da campanha do presidente Jair Bolsonaro, que não teriam sido veiculadas em várias rádios do país. “O que fizeram, jogaram tudo para debaixo do tapete”, frisou.

Ele também criticou a postura do ministro Alexandre de Moraes sobre os questionamentos levantados em auditorias independentes, como uma realizada na Argentina, indicando que cinco modelos de urnas eletrônicas usadas na eleição deste ano registraram mais votos para Lula do que para Bolsonaro.

”No primeiro momento que aquele argentino levantou problemas das urnas… o que o TSE deveria ter feito era trazer os técnicos e automaticamente fazer uma apresentação para desmentir os argumentos dos técnicos argentinos. Ou então, investigar. O que o ministro (Alexandre Moraes) fez. Não investigou e disse é mentira…e tirou tudo do ar, como se estivesse escondendo para debaixo do tapete… Então, isso vai criando, não estou falando que há, mas foi criando suspeitas na população. Aí, quando saiu o resultado adverso veio a revolta”, avaliou.

A TRIBUNA

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