27 C
Cuiabá
domingo, novembro 24, 2024

Justiça aceita denúncia contra envolvidos em esquema de R$ 1,7 milhão na Secretaria Municipal de Assistência Social

Gazeta Digital

Denúncia da 24ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá contra envolvidos em um esquema de R$ 1,7 milhão na Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá foi recebida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A operação “Ippon”, deflagrada pela Polícia Civil em 2018, desarticulou a organização criminosa.

A denúncia foi feita pelo promotor Sérgio Silva da Costa, no Núcleo de Defesa da Administração Pública e Ordem Tributária, contra Marcela Nunes Rondon, Nulce Maria Sebastiana, Joanice Benedita Mesquita, Eliza Emiko Fujisawa, Rafael Catarino Correa dos Santos e Adaildo Ferreira Coelho.

“’Operação IPPON’ que descortinou, uma rede criminosa envolvendo servidores públicos lotados na Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá, diretora do Instituto Mato-grossense de Artes, Cultura e Desportos (IMACD) e terceiras pessoas que cientes da destinação de dinheiro público para realização de projetos sociais e de desportos para crianças e adolescentes em vulnerabilidade montaram esquema ardiloso para desvio de milhões dos cofres públicos”, disse o representante do MP.

 

O Ministério Público denunciou os seis pelos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Marcela, Nulce, Joanice, Eliza e Rafael ainda foram denunciados por falsidade ideológica. Também houve denúncia de falsificação de documento público contra Marcela e Nulce.

 

O promotor ainda mencionou que as continuadas condutas criminosas dos denunciados causaram danos de R$ 1.776.441,92, sem atualização, ao erário municipal. O MP não propôs acordo de não persecução penal. O magistrado aceitou a denúncia ao verificar indícios de autoria.

 

“As provas mencionadas na denúncia são elementos suficientes para o desencadeamento da ação penal, […] Com essas considerações […], recebo a denúncia oferecida em face da parte denunciada, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”.

 

A operação  

 

A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), da Polícia Judiciária Civil, deflagrou em novembro de 2018 a operação “Ippon”, baseada em investigação para apurar desvios de recursos públicos da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano do município de Cuiabá, entre os anos de 2014 a 2017.

 

A operação deu cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão, um deles em um órgão público e os demais em residências da Capital.

 

A denúncia apontou desvios por meio de convênios firmados pela Prefeitura de Cuiabá e o Instituto Mato-grossense de Artes, Cultura e Desporto.

 

Segundo apurado, o instituto criava projetos que em tese beneficiariam crianças e adolescentes, mas há informações de que teriam sido usados para atender interesses pessoais, mediante a utilização de notas fiscais fraudulentas para justificação de verbas públicas.

 

A operação Ippon recebeu esse nome em alusão a expressão utilizada em competições de artes marciais para atribuir um golpe perfeito.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

PUBLICIDADE

NOTÍCIAS

Leia mais notícias