As eleições para escolha da Mesa Diretora biênio 2023-2025 na Assembleia Legislativa de Mato Grosso movimenta os corredores do parlamento após o fim das eleições gerais. A situação levou o atual presidente da Casa, Eduardo Botelho (UB), a negar publicamente que já vem pedindo votos para sua recondução.
“Não estamos pedindo votos, apenas conversando e conhecendo os deputados novos, vendo como cada um avalia a gestão e depois vamos começar essa discussão. Está cedo ainda, por enquanto é apenas conjectura”, comentou Botelho, na última semana. O pleito para nova composição ocorre somente em fevereiro.
Correndo por fora, Janaina Riva (MDB), deputada reeleita com recorde de votos e atual vice-presidente da AL, também nega que vem fazendo campanha contra o primeiro-secretário da Mesa, Max Russi (PSB) e Botelho, que, supostamente, almejam assumir o comando no próximo biênio. A emedebista, no entanto, defendeu que a nova a composição seja construída a partir de novas lideranças.
“Não tem campanha minha contra o Botelho e nem contra o Max. O que eu tenho ponderado com os deputados é que é importante dar espaço e abrir espaço para novas lideranças ocuparem os cargos da Mesa Diretora. Eu venho conversando isso com eles”, declarou Janaina.
O nome de Janaina é endossado pelo deputado Paulo Araújo (PP) para ocupar uma posição de destaque na Mesa Diretora. Segundo ele, Janaina, além de ser a única mulher no plenário, está tomando posse do último pleito e ainda foi a mais votada no Estado pela segunda vez.
No entanto, o deputado disse que, pelo compromisso de amizade, o voto dele será conferido a Eduardo Botelho, caso se candidate à Mesa.
“Janaina foi a deputada mais votada na terceira eleição dela. Eu acho que tanto o deputado Max quanto o Botelho – que é meu amigo, parceiro, tenho compromisso de amizade -, eu entendo que a direção da Mesa possa ser os três. Janaina, a única mulher no parlamento, a mais votada, eu acho que ela merece uma posição de destaque na Mesa. O meu voto é no Botelho, se ele for candidato, mas vou trabalhar de todas as formas para que Janaina, juntamente com o Max, dividam os poderes”, destacou Araújo.
POLÊMICA POSTA À MESA
Botelho foi eleito presidente da AL pela terceira vez seguida em junho de 2020, mas teve o mandato interrompido depois que o partido Rede Sustentabilidade questionou a constitucionalidade das reconduções sucessivas. Respondendo ao pedido, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou novas eleições, que culminaram na gestão de Max por um período de um pouco mais de um ano.
Em fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal, determinou a volta de Botelho ao comando da ALMT.
Fonte: Hiper Noticias