quinta-feira, 15, maio , 2025 06:46

Suspeito de ser operador financeiro de lobista do STJ se entrega à PF e é preso

Suspeito ser operador financeiro de um esquema de vendas de decisões judiciais no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o empresário Diego Cavalcante se entregou nesta quinta-feira (15) à Polícia Federal em Brasília para cumprir um mandado de prisão preventiva (sem tempo determinado).

Cavalcante foi alvo da sexta fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quarta-feira (14), e era considerado foragido.

A Sisamnes, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a supervisão do ministro Cristiano Zanin, investiga um suposto esquema de vazamentos e venda de decisões em gabinetes do STJ, com a participação de servidores.

A investigação da Polícia Federal aponta que Diego Cavalcante fez operações financeiras com o lobista Andreson Gonçalves, que intermediava a venda de decisões no STJ. Atualmente, Andreson está em um presídio federal no Distrito Federal.

Em operação deflagrada na terça-feira (13), a PF apreendeu automóveis de Cavalcante em Brasília. As investigações apontam que ele recebeu transferências bancárias de R$ 6,5 milhões de uma empresa de Andreson e depois sacou uma parte do valor em dinheiro vivo.

No dia seguinte, uma nova operação foi autorizada Segundo porque os investigadores disseram que houve atos graves de obstrução da Justiça visando a embaraçar a execução das medidas judiciais cumpridas na terça.

A reportagem não localizou a defesa de Cavalcante. Ele foi levado para um presídio comum após se entregar.

Além de Cavalcante, também houve a determinação de cumprimento de outro mandado de prisão, de um advogado. Ele se entregou na própria quarta.

De acordo com a PF, as investigações identificaram uma rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas propinas lançadas para a compra de decisões judiciais proferidas no âmbito do STJ, “de modo a romper a vinculação direta entre o agente corruptor e o servidor público corrompido”.

Os policiais apontaram quatro modalidades de lavagem de dinheiro: saques e depósitos em espécie, uso de contas de passagem, emissão de boletos sem lastro real e operações de câmbio paralelo por meio de doleiros.

A PF também apresentou registros de transferências financeiras envolvendo servidores investigados, cujos rendimentos oficiais não condizem com o padrão de vida identificado.

As investigações desse caso também avançam sobre suspeitas relacionadas à compra de terrenos de plantação de soja do Centro-Oeste, cuja disputa judicial envolve bancos e que tem recursos apresentados ao STJ.


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noticia por : UOL

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