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O vendedor Felipe Teles de Freitas não perde a esperança, apesar das dificuldades que vem enfrentando com as vendas de cremosinhos e geladinhos, em Cuiabá. Há quatro anos, ele saiu do Acre para morar com a mãe na capital mato-grossense.
Felipe contou que enfrenta o preconceito ao trabalhar no serviço informal.
“Eu sinto bastante orgulho, mas muitas pessoas perguntam se eu não tenho vergonha por ser um trabalho que literalmente está à margem da sociedade. Só que é desse dinheiro que a gente se alimenta e tem o pão de cada dia”, disse.
O que ele menos esperava em todos esses anos era ser abordado pela polícia na frente de uma escola. Os policiais acharam que ele estava vendendo drogas.
“O pior de tudo foi que o pessoal da escola não fez nada. Estavam vendo tudo. Eu nunca passei por isso, de ser abordado pela polícia assim. A polícia veio apontando a arma na minha cabeça, achando que eu vendia drogas e que estava armado. Isso foi muito ruim pra mim, porque pensei em parar com as vendas”, desabafou.
Segundo ele, isso aconteceu no final do ano, o que o impediu de desistir, afinal precisava continuar ganhando renda para sobreviver.
Desde que chegou em Cuiabá, Felipe trabalha com a venda de cremosinhos gourmet. Para homenagear a mãe, que sofre de doenças crônicas, colocou o nome dela como a marca do negócio.
Os dois trabalham juntos, ela prepara os cremosinhos e Felipe vende na rua.
InformaMT/G1