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quinta-feira, novembro 21, 2024

Polícia Civil cumpre 16 mandados judiciais contra integrantes de facção criminosa em Tapurah

Dezesseis mandados judiciais contra uma facção criminosa foram cumpridos, nesta quarta-feira (09.10), na operação “Prima Plaga”, deflagrada pela Polícia Civil em Tapurah (433 km a médio norte de Cuiabá).

Os 11 mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão domiciliar foram decretados pela Justiça, após quase oito meses de investigação da Delegacia de Tapurah para apurar um caso de homicídio e ocultação de cadáver ocorrido no mês de fevereiro.

Crime

No dia 25 de fevereiro de 2024, a Delegacia de Tapurah foi comunicada sobre um membro humano (perna) encontrado no rio Arinos. A Perícia Oficial e Identificação Técnica foi acionada e coletou o material humano, que tinha uma tatuagem.

A vítima foi identificada como Mateus Ferreira Alecrim, morador da cidade de Nova Maringá. Ele foi atraído para uma emboscada planejada por seis homens. Como pretexto, a vítima foi convidada para fazer programa com um cliente em Tapurah.

Ao chegar em Tapurah, o homem foi sequestrado e levado para Itanhangá, até uma casa utilizada como ponto de apoio pela facção. No endereço, a vítima foi morta e esquartejada. Na tentativa de ocultar o crime, partes do seu corpo foram deixadas em diferentes locais.

Investigação

Durante as diligências para esclarecer o homicídio, os policiais civis descobriram a possível identidade da vítima pelo desenho de tatuagem na perna. Várias testemunhas foram ouvidas, entre elas,  pai de Mateus, que reconheceu a tatuagem do filho.

A equipe apurou que Mateus Ferreira Alecrim não pertencia a nenhum grupo criminoso, contudo, sua morte foi motivada por venda de drogas na região sem autorização da facção.

Os investigados agiram com modus operandi utilizado pelo crime organizado, em que as vítimas são submetidas a um “tribunal do crime”. Depois, são torturadas e forçadas a confessar crimes que nem sempre cometeram, uma prática brutal utilizada para impor medo e controle.

Nome da operação

O nome da operação faz referência à primeira praga do Egito, conforme descrita na Bíblia, que é a transformação da água do Rio Nilo em sangue.

O cumprimento dos mandados contou ainda com apoio das Delegacias da Polícia Civil de Brasnorte e Guarantã do Norte – municípios onde houve alvos presos.

Fonte: SECOM MT

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