“É muito decepcionante que, neste cenário crítico, o financiamento de programas altamente bem-sucedidos de pesquisas contra o HIV seja retirado”, disse Dennis Burton, imunologista que liderava o projeto no instituto de pesquisa Scripps.
Sequência de cortes
O fim do programa é o mais recente de uma série de cortes. Ainda em janeiro, o governo Trump decidiu interromper o fornecimento de medicamentos vitais para HIV, malária e tuberculose, bem como de suprimentos médicos para bebês recém-nascidos, em países apoiados pela Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) em todo o mundo.
NIH cancelou diversos financiamentos relacionados à PrEP (profilaxia pré-exposição). O governo dos EUA também fechou a divisão de prevenção ao HIV do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), que financiava estados e territórios em ações de combate à infecção.
Saída da OMS impacta cuidados com a saúde no mundo. Os EUA eram os maiores doadores da Organização Mundial da Saúde, fornecendo recursos vitais para muitas operações, além de serem o maior financiador da OMS. O país financiava 75% do programa da OMS para HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis e mais da metade das contribuições para combater a tuberculose. Trump anunciou a saída do país da organização em 20 de janeiro, primeiro dia de mandato.
noticia por : UOL