Pela primeira vez, desde que a Prefeitura de Cuiabá criou o Comitê Municipal para debater a mudança de modal de VLT para o BRT, o governador Mauro Mendes (DEM) comentou sobre o assunto. Em tom crítico, o chefe do Executou lembrou que a responsabilidade final é do governo estadual e que não vê eficiência nesse comitê criado por Emanuel Pinheiro (MDB).
“Nós não podemos inverter a lógica das coisas. A responsabilidade do VLT/BRT é do Governo do Estado. E isso também envolve as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande. Agora o prefeito de Cuiabá fez uma comissão dele pra ele mesmo. Não sei com quem ele vai discutir ou o que ele vai discutir. Essa é uma discussão “in house”, feita em casa, pra ele mesmo. Eu não vejo eficiência disso. Eu acho que o prefeito tem que olhar para a população e pelo bem público”, disse o governador durante coletiva nesta terça-feira (26), no Centro de Triagem da Covid-19, na Arena Pantanal.
O governador ainda continuou a crítica e disse que não sabe o que está por trás de tanto interesse pelo modal VLT. Segundo ele, isso já nasceu da corrupção e foi comprovado inclusive em delação premiada feita pelo ex-governador Silval Barbosa.
“Para mim não está claro qual interesse alguns tem em manter o VLT, que é filho da corrupção, foi gestado no ventre da corrupção. Nasceu de uma falsificação de um laudo no Ministério da Integração Nacional. Duas servidoras já foram condenadas por isso ai. Eles já confessaram, o governador Silval Barbosa confessou a prática de corrupção. Uma parte da propina já foi paga e eu fico imaginando: porque será que alguns insistem em defender o VLT?”.
Quanto ao modelo que será feito a integração dos veículos do BRT junto ao sistema de transporte urbano, o governador disse que irá comprar os veículos e entregar às prefeituras resolver o preço da tarifa e a rota do novo modal.
“O governo vai comprar os veículos de transportes rápidos que são elétricos com baterias, diferente do VLT que é antigo e a cabo igual o Rio de Janeiro, que polui a rua e isso será incorporado aos municípios para que eles façam uma sessão de reequilíbrio da tarifa”, concluiu Mendes.