A China deu início, na quarta-feira (28), em sua primeira missão para recuperar amostras de um asteroide próximo, com o lançamento da nave espacial Tianwen-2. Trata-se de uma sonda robótica que pode tornar o país, em rápido crescimento como potência espacial, no terceiro a buscar rochas pristinas de asteroide.
O foguete Long March 3B da China decolou por volta de 1h31 da manhã, horário local chinês (14h30 no horário de Brasília), do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang.
No foguete está a nave espacial Tianwen-2, que ao longo do próximo ano se aproximará do pequeno asteroide chamado 469219 Kamoʻoalewa, a cerca de 16 milhões de quilômetros de distância da Terra.
A mídia estatal chinesa Xinhua confirmou o lançamento do Tianwen-2 e o classificou como um “sucesso completo”.
O Tianwen-2 está programado para chegar ao asteroide em julho de 2026 e enviar de volta à Terra uma cápsula carregada de rochas, estimada a pousar em nosso planeta em novembro de 2027.
A missão é o mais recente exemplo dos programas espaciais da China em rápida expansão, uma série de conquistas cósmicas nos últimos anos, que inclui o pouso de robôs no lado afastado da Lua, a operação de sua própria estação espacial nacional em órbita e investimentos pesados em planos para enviar humanos à superfície lunar até 2030.
O Hayabusa do Japão, que buscou amostras de um pequeno asteroide em 2010, marcou a primeira missão desse tipo no mundo. O Japão fez isso novamente em 2019 com sua missão Ryugu, seguida pela primeira missão americana de recuperação de asteroide, Osiris-Rex, que trouxe de volta amostras do asteroide Bennu em 2020.
Kamoʻoalewa, o asteroide alvo do Tianwen-2, é conhecido como um quase-satélite da Terra, um vizinho celestial próximo que orbita o Sol há aproximadamente um século, segundo a Nasa. Seu tamanho varia entre 40 metros e 100 metros.
noticia por : UOL