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Os cabos elétricos da estrutura montada para o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) serão retirados do canteiro central da Avenida João Ponce de Arruda, à altura do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, nesta quarta-feira (10).
De acordo com o Consórcio VLT, a retirada dos cabos está sendo realizada devido ao alto número de registros de furto na região nas últimas semanas.
Geralmente, o material furtado é derretido para retirada do cobre e vendido para empresas de compra e venda de sucata que não exigem comprovação da origem lícita do bem.
Durante a retirada dos fios, parte da avenida poderá ser interditada. Segundo o Consórcio, o procedimento contará com o apoio da Guarda Municipal de Várzea Grande, para organizar o trânsito no local.
Obra parada há 6 anos
A obra do VLT completou seis anos parada, em junho deste ano. O projeto que já consumiu cerca de R$ 1 bilhão passou por três governos desde 2012. O valor total da obra inicialmente era de R$ 1,4 bilhão, mas mais da metade desse valor já foi gasto e cerca de 50% da obra foi executada.
- Governo do estado optou pelo VLT no lugar no BRT em 2011, com custo de R$ 600 milhões a mais
- Consórcio VLT ganhou licitação para fazer a obra em 2012
- Obras iniciaram em 2012
- Vagões começaram a chegar em 2013
- Contrato entre governo e empresa previa conclusão até março de 2014
- Em dezembro de 2014 a obra paralisou
- Indícios de fraudes levam PF a fazer operação em 2017
- Em 2017 governo rescinde contrato com Consórcio VLT
Dinheiro gasto
Mato Grosso deve R$ 563,5 milhões do dinheiro que pegou emprestado para construir a obra do VLT, que deveria ter sido entregue em 2014, para a Copa do Mundo. A dívida será quitada apenas em 2044.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), entre os três contratos firmados para as obras de mobilidade relativas ao VLT, o estado já pagou mais de R$ 844 milhões.
No entanto, do valor do empréstimo, que foi R$ 1,1 bilhão, mais de R$ 370 milhões foram pagos até novembro deste ano só de juros.
Foram, em média, R$ 14 milhões pagos pelo governo do estado por mês, só de juros.
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