A safra brasileira de grãos 2024/2025 caminha para um novo recorde. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta quinta-feira (15.05), elevou a projeção de produção para 332,9 milhões de toneladas — um crescimento de 2,6 milhões em relação ao mês anterior. O avanço é puxado principalmente por aumentos nas colheitas de milho e soja, e confirma o Brasil como uma superpotência agrícola em plena expansão.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, celebrou o número como o maior da história do país, dizendo que as estimativas vêm “se consolidando mês após mês”. A área plantada também segue em alta: 81,7 milhões de hectares — 2,2% a mais que na safra anterior.
Entre os destaques, o milho aparece com força: aumento de 2,1 milhões de toneladas em relação ao levantamento anterior, totalizando agora 126,8 milhões de toneladas. A soja também cresceu: 168,3 milhões de toneladas, com quase toda a área já colhida. A produção da oleaginosa cresceu 14% frente à safra passada, superando expectativas.
Os dados também indicam uma produtividade média de 4.074 kg por hectare — alta de 9,5% —, resultado que se deve, segundo a Conab, ao bom desempenho climático, especialmente no Centro-Oeste, onde a umidade do solo tem sustentado o enchimento de grãos, mesmo após o fim do período chuvoso.
Outros cultivos também crescem:
Arroz: 12,1 milhões de toneladas, a maior área plantada desde 2017.
Feijão: projeção de 3,2 milhões de toneladas, com produtividade em alta.
Algodão: crescimento de 5,5%, chegando a 3,9 milhões de toneladas.
Trigo: 8,3 milhões de toneladas (+4,6%), mesmo com redução de área plantada.
O governo federal, apesar do otimismo, acende sinal amarelo em relação ao mercado internacional. Durante a apresentação do boletim, o diretor do Departamento de Análise Econômica do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, destacou a importância de acompanhar os desdobramentos das negociações comerciais entre China e Estados Unidos, que anunciaram nesta semana uma trégua tarifária.
“Com a suspensão parcial das tarifas, será preciso reavaliar o cenário para o milho e a soja brasileiros, que vinham se beneficiando com as restrições impostas aos EUA”, disse Farnese.
Fonte: Pensar Agro
FONTE : MatoGrossoNews