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sexta-feira, janeiro 31, 2025

Colisão aérea em Washington: Trump diz que helicóptero estava voando 'muito alto'; mergulhadores tentarão retirar destroços nesta sexta


Helicóptero militar e avião comercial caíram em rio na capital dos EUA após colidirem no ar, matando todas as 67 pessoas a bordo das duas. Caixas pretas foram recuperadas na quinta, e investigação do caso começou a analisá-la. Veja onde aconteceu colisão entre entre avião e helicóptero e como funciona espaço aéreo de Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (31) que o helicóptero militar que colidiu com um avião da American Airlines no ar em Washington na quarta-feira (29) estava voando “alto demais” no momento da batida.
Segundo Trump, a aeronave militar estava “muito além” do limite da altitude que deveria estar naquele momento.
As equipes de resgate que trabalham no rio onde caíram o avião da American Airlines e o helicóptero militar dos Estados Unidos que colidiram no ar na noite de quarta-feira (29) pretendem retirar escombros das duas aeronaves do local da queda nesta sexta-feira (31), segundo autoridades locais.
As caixas pretas e 28 corpos foram recuperados na quinta-feira (30) — 64 pessoas estavam a bordo do avião da American Airlines, e três, no helicóptero Black Hawk do Exército. Todas morreram, segundo disse na quinta-feira (30) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Os trabalhos seguirão nesta sexta, embora estejam afetados por dificuldades por conta do frio extremo, que deixou o lago congelado e temperaturas que chegam a -4ºC. Ao longo do dia, mergulhadores pretendem retirar escmbros e mais corpos nesta sexta-feira, disse o Corpo de Bombeiros de Washington.
“Durante a noite, os barcos permaneceram no local para buscas de segurança e de superfície de parceiros regionais locais, estaduais e federais”, disse um dos membros das equipes de resgate à agência de notícias Reuters.
Em paralelo, a investigação sobre o caso, conduzida pelo Conselho Nacional de Transportes dos EUA e pela Agência de Aviação Civil dos EUA (FAA, na sigla em inglês) já levantou os primeiros indícios sobre a causa da batida, ocorrida em plena capital dos Estados Unidos e a poucos minutos da Casa Branca.
A FAA já avaliou que a torre de controle tinha menos controladores de voos operando no momento da colisão do que deveria haver para aquele período, segundo um relatório preliminar da agência ao que a imprensa norte-americana e agências de notícias tiveram acesso.
Uma fonte local ouvida pela Reuters disse que apenas um controlador, em vez de dois, estava lidando com o tráfego local de aviões e helicópteros na quarta-feira à noite no aeroporto Ronald Reagan, de onde o avião da American Airlines se aproximava para pousar no momento da batida.
Já o Conselho Nacional de Transportes começou a analisar as caixas pretas encontradas também na quinta pelas equipes de regaste. O conselho está estudando o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo do avião CRJ700, da American Airlines.
Causas
Equipes recuperam destroços de aeronave no rio Potomac, em Washington, após a colisão do voo 5342 da American Airlines com um helicóptero militar
Carlos Barria/Reuters
As autoridades não identificaram o motivo da colisão, que aconteceu enquanto o jato regional tentava pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington.
Os militares disseram que a altitude máxima para a rota que o helicóptero estava tomando é de 200 pés (61 metros), mas ele pode ter voado mais alto. A colisão ocorreu a uma altitude de cerca de 300 pés, de acordo com o site de rastreamento de voos FlightRadar24.
As comunicações de rádio mostraram que os controladores de tráfego aéreo alertaram o helicóptero sobre o jato se aproximando e ordenaram que ele mudasse de curso.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, em inglês), agência responsável pela investigação de acidentes aéreos dos EUA, disse nesta quinta-feira (30) que encontrou as caixas-pretas do Bombardier CRJ700 da American Airlines, que colidiu com um helicóptero militar e caiu em Washington.
Segundo os investigadores, foram retirados do rio Potomac tanto o gravador de voz do cockpit quanto o gravador de dados de voo. Os equipamentos seguem agora para o laboratório do NTSB para avaliação.
As caixas pretas dos aviões são essenciais para ajudar a elucidar as causas de desastres aéreos e, assim, auxiliar na prevenção deles. Por exemplo: as caixas pretas do voo 447 da AirFrance, que caiu no Atlântico em 2009, puderam ser localizadas quase dois anos depois da queda da aeronave que fazia o trajeto Rio-Paris.
Os equipamentos são feitos de materiais ultra-resistentes. É esperado, portanto, que elas não tenham sido danificadas pela colisão e a queda no rio.
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O acidente
Avião comercial e helicóptero militar colidem nos EUA
O avião comercial envolvido na colisão é Bombardier CRJ700, utilizado para voos regionais. De acordo com as autoridades, era um voo da American Airlines que partiu de Wichita, no Kansas, com destino a Washington. Ao todo, 60 passageiros e quatro tripulantes estavam a bordo.
A batida aconteceu quando o avião estava a poucos metros da pista do aeroporto Ronald Reagan, momentos antes de pousar.
A queda aconteceu nas proximidades do rio Potomac, que fica perto do aeroporto. Equipes de emergência foram enviadas para fazer buscas com helicópteros e botes.
Já o helicóptero é um de modelo Sikorsky UH-60 Black Hawk, usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Segundo o Exército americano, três militares estavam na aeronave para um treinamento.
Todos os pousos e decolagens foram suspensos no aeroporto, que fica a apenas 6 km do centro de Washington, D.C., onde está a Casa Branca.
Mapa mostra local de colisão entre avião e helicóptero perto de Washington, capital dos Estados Unidos, em 29 de janeiro de 2025.
arte/ g1
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Fonte: G1

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