quinta-feira, 22, maio , 2025 01:29

Ataque em Washington mata funcionários da embaixada de Israel; o que se sabe


Dois funcionários da embaixada de Israel foram mortos a tiros na quarta-feira (21/5) do lado de fora de um museu judaico. Sarah Milgram e Yaron Lischinsky, funcionários da embaixada israelense em Washington, nos EUA, mortos a tiros em 22 de maio de 2025.
Embaixada de Israel nos Estados Unidos
Dois funcionários da embaixada de Israel foram mortos a tiros na quarta-feira (21/5) do lado de fora de um museu judaico no centro de Washington, a capital dos Estados Unidos, segundo autoridades.
O homem e a mulher eram um casal e foram mortos ao saírem de um evento voltado para ajudar os moradores de Gaza no Museu Judaico da Capital, informou o organizador do evento à BBC no local.
O embaixador de Israel nos EUA, Yechiel Leiter, disse que o casal estava prestes a noivar e que o homem havia comprado uma aliança esta semana.
Um suspeito foi detido e identificado pela polícia como Elias Rodriguez, de 30 anos, natural de Chicago. Ele não estava em nenhuma lista de monitoramento das autoridades. Segundo a polícia, ele teria indicado que foi responsável pelo crime. A arma do crime foi encontrada.
A polícia conta que o suspeito estava caminhando de um lado para outro na rua fora do prédio do museu, e que ele abordou quatro pessoas. Neste momento, ele disparou contra duas delas.
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EPA (BBC)
Ainda não foram divulgados o nome das vítimas e o perfil e a motivação exata do agressor.
A polícia afirma que ele gritou “libertem a Palestina” após ser detido, e os agentes “investigarão ligações com possível terrorismo”.
A embaixada israelense afirma que os dois funcionários foram baleados “à queima-roupa”. O ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, de Israel afirma que se trata de um “ataque terrorista chocante”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o ataque é “muito triste” e “baseado obviamente em antissemitismo”.
“Esses horríveis assassinatos em Washington, D.C., obviamente baseados em antissemitismo, precisam acabar, AGORA! Ódio e radicalismo não têm lugar nos EUA”, escreveu Trump no Truth Social, sua plataforma de rede social.
“Condolências às famílias das vítimas. É muito triste que coisas assim possam acontecer! Deus abençoe a TODOS!”
Jojo Kalin, que organizou o evento do Comitê Judaico Americano no museu judaico de Washington, disse à BBC que o agressor foi admitido por engano dentro do prédio depois do tiroteio.
“A segurança deixou essa pessoa entrar pensando que se tratava de um espectador ou testemunha”, diz ela.
Kalin disse que o atirador estava com um semblante “muito perturbado” e que ela lhe ofereceu um pouco de água. Mas ela diz não ter visto nenhuma arma.
Jojo Kalin, uma das organizadoras do evento no museu judaico, conversou com a BBC depois do tiroteio
BBC
Nesse momento, “ele sacou seu keffiyeh (lenço) jordaniano vermelho e gritou ‘Libertem a Palestina'”.
Ela contou à BBC que o evento no museu tinha como tema a construção de coalizões no Oriente Médio e que é “profundamente irônico que o que estávamos discutindo fosse a construção de pontes e depois fomos todos atingidos na cabeça por tanto ódio”.
“Eu não conhecia o casal que foi baleado, mas tenho um sentimento de culpa, e é algo tipicamente judaico se sentir culpada pelo fato de eles estarem lá por causa de um evento que eu organizei”, diz Kalin. “Não vou perder minha humanidade por causa disso nem ser dissuadida.”
O evento do museu judaico era um coquetel para jovens profissionais judeus, com o objetivo de promover a unidade e celebrar a herança judaica.
O organizador, o Comitê Judaico Americano, afirmou que o evento foi aberto à comunidade diplomática de Washington. O tema do evento era “como transformar dor em propósito”.
A descrição do evento informava que haveria como convidados especiais organizadores de ajuda humanitária que respondem a crises humanitárias no Oriente Médio, incluindo Gaza.
Embora o horário do evento tenha sido divulgado publicamente, o local foi compartilhado apenas com aqueles que se inscreveram para participar.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a segurança dos representantes israelenses e das missões diplomáticas em todo o mundo será reforçada.
“Meu coração dói pelas famílias do amado jovem, homem e mulher, cujas vidas foram ceifadas por um hediondo assassino antissemita”, afirma. “Estamos testemunhando o terrível preço do antissemitismo e da incitação desenfreada contra o Estado de Israel.”
Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro afirma que ele conversou com a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, e com o embaixador de Israel no país.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse estar “arrasado” com o tiroteio.
“Este é um ato desprezível de ódio, de antissemitismo”, escreveu ele no X. “Nossos corações estão com os entes queridos dos assassinados e nossas orações imediatas estão com os feridos.”
Ele acrescenta que envia seu “total apoio” à equipe da embaixada e se solidariza com a comunidade judaica nos EUA.
“Os EUA e Israel permanecerão unidos em defesa de nosso povo e de nossos valores compartilhados. Terror e ódio não nos destruirão”, escreveu.
2 funcionários da embaixada de Israel morrem baleados em frente ao Museu Judaico de Washin
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Fonte: G1

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